Cachê da Banda Calcinha Preta em Novo Acordo custou R$ 550 mil; valor é R$ 200 mil acima do informado em investigação do Ministério Público

Dados do Diário Oficial do Município de Novo Acordo (TO), publicados na edição do último dia 3 de julho mostram que o cachê pago a Banda Calcinha Preta por uma apresentação realizada no dia 11 do mesmo mês custou R$ 550.000,00 (Quinhentos e cinquenta mil reais), e não R$ 350.00,00, como informou o Ministério Público Estadual (MPTO), em material distribuído à imprensa que trata de uma investigação do órgão sobre os montantes gastos com shows artísticos na temporada de praia.
A reportagem fez contato com a Secretaria de Turismo do município, mas até a publicação desta reportagem, a Pasta não havia se posicionado. Os artistas não foram localizados para responder aos questionamentos do Site, o espaço, porém, segue aberto a manifestações.
Na quinta-feira, 17, o promotor de Justiça de Novo Acordo, João Edson de Souza, instaurou Inquérito Civil Público para investigar possíveis irregularidades na contratação de shows artísticas durante a temporada de praia de julho de 2025, pela gestão do prefeito Mateus Coelho (PSDB). Os valores investigados passam de R$ 2 milhões, e segundo o MPTO, superam investimentos feitos pela gestão nas áreas de Saúde, Educação e Assistência Social.
Confira os valores de cada show investigado pelo MPTO
- Banda Calcinha Preta - R$ 550.00,00 (Conforme o Diário Oficial do Município)
- Banda Grelo - R$ 300.000,00
- Samba de Quina - R$ 170.000,00
- Banda Kart Love - R$ 120.000,00
- Jonatas Marques - R$ 100.000,00
- Santoro & Samuel - R$ 100.000,00
- Taisa Marques - R$ 100.000,00
- Forró de Elite - R$ 100.000,00
- André Klebson - R$ 65.000,00
- Tyago & Gabriel - R$ 60.000,00
- Tarcio Silva - R$ 80.000,00
- Seresta do Doquinha - R$ 90.000,00
- Kheyte Araújo - R$ 25.000,00
- Hariely Santos - R$ 30.000,00
- Vinícius Nocaute - R$ 30.000,00
- Mayk Brasil - R$ 50.000,00
- Rafa Souza - R$ 40.000,00
- Abel Capella - R$ 20.000,00
- Grupo 3 Tons de Preto - R$ 20.000,00
- Dupla Nalberth & Murilo - R$ 50.000,00
- Pagode Vip Moral - R$ 18.000,00
- grupo Pagodão S/A - R$ 40.000,00
- DJ Vitor Lira - R$ 30.000,00
- Grupo Liberou Geral - R$ 50.000,00
Possíveis irregularidades investigadas
O Ministério Público identificou, nas contratações, indícios de: Falta de transparência, com dificuldade de acesso aos dados pelos canais oficiais de acesso à informação;
- Ausência de critérios objetivos e diferenças significativas nos valores pagos aos mesmos artistas em diferentes municípios;
- Desproporcionalidade de gastos com entretenimento, superiores a investimentos anuais em saúde, educação e assistência social;
- Possível improbidade administrativa em atos que podem configurar dano ao erário e enriquecimento ilícito.