Câmara de Combinado rejeita contas do ex-prefeito Lindolfo do Prado, que pode ficar inelegível até 2033

Por Dermival Pereira em 27/10/2025 11:50 - Atualizado em 27/10/2025 11:55
POLÍTICA
Câmara de Combinado rejeita contas do ex-prefeito Lindolfo do Prado, que pode ficar inelegível até 2033
Foto: Allessandro Lopes/Assessoria da Câmara de Combinado

A Câmara Municipal de Combinado rejeitou, na noite da última quinta-feira (23), as contas consolidadas do ex-prefeito Lindolfo do Prado Neto (PSD) relativas ao exercício de 2019. A decisão ocorreu por cinco votos a quatro, durante sessão plenária da Casa de Leis. Com a rejeição, o ex-gestor pode se tornar inelegível por até oito anos, conforme prevê a Lei da Ficha Limpa, salvo eventual reversão na Justiça.

As contas do ex-prefeito já tinham recebido parecer desfavorável do Tribunal de Contas do Estado (TCE-TO), que apontou irregularidades na execução financeira de 2019. A votação foi secreta, seguindo o Regimento Interno da Casa. Lindolfo pode recorrer à Justiça contra a decisão dos vereadores.

Participaram da votação os vereadores: Silvana Soares Belo, Domingos Ayres Lopes (Todyn), Sérgio Resende, Marlúcio da Silva Ramos, Samuel Cosme de Oliveira, Paulo Xavier de Oliveira, Adelcio da Silva Cavalcante, Leandro Rodrigues da Silva e o presidente, Eli Pereira de Morais.

Defesa no plenário

Durante a sessão, o vereador Adelcio da Silva Cavalcante, que é cunhado do ex-prefeito, afirmou que houve pressão política por parte do atual prefeito, Dione do Pastel (Republicanos), para que parlamentares da base votassem contra as contas de Lindolfo. “Este voto, hoje, é sim político. O que vejo neste momento é pressão. Mas o vereador tem o direito e a liberdade do seu voto”, declarou.

O vereador Paulo Xavier de Oliveira também se manifestou em defesa do ex-gestor, negando que tenha havido desvio de recursos públicos: “Eu tenho consciência que ele não roubou. Teve superávit de mais de R$ 2,2 milhões em caixa ao final do mandato. Pedalada fiscal todos os governos fazem — e isso não significa roubo”, afirmou.

Outro lado

A reportagem não conseguiu contato com o ex-prefeito Lindolfo do Prado Neto para que ele se manifestasse sobre a decisão. O espaço, porém, segue aberto para posicionamento, caso ele queira.


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