Crise no transporte coletivo: Sancetur suspende pagamento de horas extras a motoristas por atraso nos repasses da Prefeitura, diz fonte
 
                        
                            A crise no transporte público urbano de Palmas tem se agravado nos últimos dias, gerando atrasos no itinerário dos ônibus, superlotação e uma onda de reclamações de usuários. Mais recentemente, o problema atingiu também os motoristas. Segundo uma fonte ligada à empresa, ouvida pelo D12News na manhã desta quarta-feira (29), a Sancetur – Santa Cecília Turismo LTDA decidiu suspender o pagamento das horas extras dos motoristas em razão de atrasos nos repasses da Prefeitura de Palmas.
“As horas extras são fundamentais para complementar nossa renda no fim do mês, já que o salário é baixo. Sem elas, fica difícil manter as contas em dia”, afirmou a fonte, que preferiu não se identificar. Ela acrescentou que “a empresa ainda não repassou o aumento salarial previsto na CLT, nem o retroativo referente às gratificações das funções de cobrador e motorista.”
A Prefeitura de Palmas e a Sancetur negam qualquer irregularidade na prestação do serviço e afirmam que não há quebra de contrato. No entanto, o cenário de instabilidade reacende as discussões sobre a gestão do transporte coletivo na Capital.
Há pouco mais de uma semana, o D12News revelou que ônibus da frota de Palmas foram levados para São Paulo, onde fica a sede da Sancetur, em Paulínia (SP). Na ocasião, a gestão de Palmas informou que apenas 14 veículos foram enviados para revisão especial de segurança, dentro da garantia de fábrica, e que a operação local segue normalmente.
Em nota, a Prefeitura de Palmas reiterou que os pagamentos à empresa estão sendo realizados conforme o contrato emergencial, que prevê remuneração baseada na arrecadação da bilhetagem somada à contrapartida municipal, calculada por quilômetro rodado. O contrato, publicado em 15 de abril deste ano, tem valor estimado em R$ 196,2 milhões. Na ocasião, a reportagem solicitou a gestão que enviasse documentos que comprovem o empenho dos recursos e valores do pagamento dos repasses, mas não obteve resposta. 
A gestão municipal e a Sancetur asseguram que não há descumprimento contratual e que a operação segue “com regularidade, eficiência e segurança”.
A reportagem do D12News tentou novo contato com a Sancetur para questionar especificamente sobre a suspensão do pagamento das horas extras aos motoristas, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto para manifestação da empresa.
 
                        
                     
     
                
             
                
             
                
            