Operação da PF atinge Wanderlei, presidente da Aleto, 9 deputados e o prefeito de Palmas

A segunda fase da Operação Fames-19, deflagrada nesta quarta-feira (3), atingiu em cheio a Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto). Ao todo, 10 dos 24 deputados estaduais da atual legislatura foram alvos de mandados de busca e apreensão autorizados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A mesma operação resultou no afastamento do atual governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos).
Entre os parlamentares investigados estão o presidente da Casa, Amélio Cayres (Republicanos), além de Nilton Franco (Republicanos), Cleiton Cardoso (Republicanos), Jorge Frederico (Republicanos), Léo Barbosa (Republicanos) — filho do governador afastado Wanderlei Barbosa —, Olyntho Neto (Republicanos), Valdemar Júnior (Republicanos), Vilmar de Oliveira (SD), Ivory de Lira (PCdoB) e Claudia Lelis (PV). Dos dez deputados citados, sete são aliados políticos diretos do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos.
Além dos parlamentares da atual legislatura, a investigação também mira ex-deputados estaduais, entre eles Issam Saado (Ex-partido Verde), Valderez Castelo Branco e Eduardo Siqueira Campos (Podemos), atual prefeito de Palmas.
Em nota oficial enviada à imprensa, a Aleto afirmou ter colaborado de forma “total e irrestrita” com o STJ e a Polícia Federal, disponibilizando equipamentos, documentos e informações solicitadas durante as diligências. A Casa destacou, no entanto, que a Procuradoria ainda não teve acesso aos autos e que não foi intimada de nenhuma decisão judicial relacionada ao caso.
Nota Oficial da Aleto
“A Assembleia Legislativa do Estado do Tocantins (Aleto) informa que prestou nesta quarta-feira, 3, colaboração total e irrestrita ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e à Polícia Federal (PF), no cumprimento integral das determinações contidas em dez mandados de busca e apreensão, com a devida disponibilização de todos os equipamentos, documentos e informações solicitados.
Informa ainda que a Procuradoria Geral da Casa não teve acesso aos autos, portanto, desconhece-se o que motivou a expedição dos referidos mandados. Além disso, a Aleto não foi intimada de nenhuma decisão judicial relacionada ao caso, que ainda está em curso.
Os mandados de busca e apreensão aos quais a Aleto teve acesso foram direcionados aos gabinetes parlamentares dos deputados Amélio Cayres, Claudia Lelis, Cleiton Cardoso, Ivory de Lira, Jorge Frederico, Léo Barbosa, Nilton Franco, Olyntho Neto, Valdemar Júnior e Vilmar de Oliveira.
Assessoria de Comunicação — Assembleia Legislativa do Estado do Tocantins”