Polícia Civil indicia vaqueiro e outras 31 pessoas por furto e receptação de gado no Tocantins

Por Dermival Pereira em 12/09/2025 09:04 - Atualizado em 12/09/2025 20:49
ESTADO/TOCANTINS
Polícia Civil indicia vaqueiro e outras 31 pessoas por furto e receptação de gado no Tocantins
Foto: SSPTO/Divulgação

A Polícia Civil do Tocantins (PC-TO) concluiu, nesta quinta-feira (11), um inquérito que apurava um esquema de furto de gado e revenda clandestina de carne no município de Araguacema, na região centro-oeste do estado. Ao todo, 32 pessoas foram indiciadas: três delas pelos crimes de abigeato (furto de semoventes), receptação e associação criminosa, e outras 29 por receptação culposa.

As investigações, conduzidas pelo delegado Antônio Onofre Oliveira da Silva Filho, apontam que, entre 2024 e 2025, pelo menos nove cabeças de gado da raça Nelore foram furtadas de uma fazenda na zona rural do município. O gado era abatido ainda na propriedade, e a carne revendida posteriormente na cidade.

Segundo a PC, o principal suspeito é um vaqueiro que trabalhava na fazenda e que contou com o apoio de um casal. Eles teriam organizado grupos de WhatsApp para intermediar vendas, negociar preços e realizar entregas aos compradores.

“A investigação revelou uma atuação organizada, que funcionava com divisão de tarefas e movimentações financeiras compatíveis com o comércio clandestino de carne, restando demonstrada de forma clara a autoria e a materialidade dos crimes”, afirmou o delegado Antônio Onofre.

Durante o aprofundamento das diligências, a polícia identificou 29 pessoas que compraram a carne de origem ilícita. Todas foram indiciadas por receptação culposa, já que as condições da negociação levantavam indícios de irregularidade — como preço abaixo do mercado, entregas realizadas à noite e a venda restrita a cortes de primeira qualidade.

Para a Polícia Civil, esses fatores eram suficientes para que os compradores desconfiassem da procedência do produto.

Encaminhamento à Justiça

Com o indiciamento dos envolvidos, o relatório final do inquérito foi encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, que agora devem analisar as medidas judiciais cabíveis contra os acusados.

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