A incógnita que se tornou a Seleção Brasileira

Por Natanael Oliveira em 22/03/2025 13:00 - Atualizado em 24/04/2025 13:44
ESPORTE
A incógnita que se tornou a Seleção Brasileira
Foto: Rafael Ribeiro/CBF

É inconteste que a seleção canarinho sempre será reconhecida por ser a única penta campeã mundial, tendo em seu rol craques lendários aos quais se destacam: Pelé (o Rei), Zico (galinho), Romário (baixinho), Ronaldo Nazário (o Fenômeno) dentre vários outros. Ocorre que, aos nos depararmos hodiernamente, no que se refere ao desempenho da Seleção Brasileira de futebol, será perceptível que estamos diante de uma das piores seleções, levando em consideração o contexto histórico. Explico.

No ano de 2023, a seleção canarinho disputou oito jogos, sendo que em 04 (quatro) oportunidades saiu derrotada, a última vez em que o Brasil havia perdido 50% das partidas disputadas em um ano, foi em 1948.

Ante ao desastre eminente, em 10 de janeiro de 2024, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), anunciou a chegada do até então comandante da Seleção, Dorival Júnior, de lá para cá, as estatísticas ainda pairam em completa decepção, foram 15 jogos sob seu comando, sendo sete vitórias, sete empate e uma derrota, tendo um aproveitamento de 62,2%.

A situação fica ainda mais desastrosa, se levarmos em consideração o atual cenário, ora, estamos há pouco mais de um ano da Copa do Mundo de Futebol da FIFA, e ainda não temos uma seleção com uma identidade consolidada, dos 15 jogos até então disputados, o atual técnico escalou 13 times diferentes, Dorival só conseguiu repetir o mesmo time, no preambular dos seus trabalhos, nos confrontos diante das seleções da Inglaterra e Espanha.

Diante do atual cenário, entra em pauta uma outra discursão, “o desastre atual da nossa seleção, estaria fundamentado na ausência de Neymar Jr?” (Menino Ney) – A discursão é polêmica, fato, mas, antes que os nervos se aflorem, é necessário que os dados sejam devidamente elencados, vejamos:

Desde a sua estreia em 2010, o Brasil disputou 128 jogos com Neymar Jr. Dentro das quatro linhas, tendo saído com a vitória em 92 jogos, empatado 24 vezes, obtido somente 12 derrotas, ou seja, aproveitamento de 78% dos jogos. Já com a sua ausência, o cenário é completamente auspicioso, foram 48 jogos, com um total de 29 vitórias, 09 empates e 10 derrotas, aproveitando substancialmente inferior de apenas 67%.

Resta amplamente incontroverso, que apesar da dicotomia opinativa, os números com o jogador Neymar são amplamente favoráveis a nossa seleção, dando a entender, ainda que de maneira subjetiva, uma certa dependência do talento do craque brasileiro, que atualmente se encontra lesionado.

Portanto, ante ao cenário atualmente vivido pela seleção brasileira, pairam alguns questionamentos, os quais se destacam: ainda é possível acreditar no trabalho de Dorival? Estaríamos nós torcedores a espera de um milagre? (possível volta de Neymar Jr) – fora desse cenário abstrato, lembremos que nosso próximo confronto é com a seleção argentina, atual campeã mundial e líder das eliminatórias, precisando apenas de um mísero empate para se classificar para a próxima copa.
Em vista de tal contexto, é imprescindível a invocação de Sócrates (filósofo), quando disse “só sei que nada sei”.

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