Após queda na popularidade, presidente do PP pressiona por saída da gestão Lula

Por Redação em 07/03/2025 08:49 - Atualizado em 07/03/2025 08:49
POLÍTICA
Após queda na popularidade, presidente do PP pressiona por saída da gestão Lula
Foto: Pedro França/Agência Senado / Estadão

O senador Ciro Nogueira, presidente nacional do Progressistas (PP), afirmou nesta sexta-feira, 6, em entrevista à Globo News que a ‘pressão’ dentro do partido está aumentando para que o ministro do Esporte, André Fufuca, deixe o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Para mim, Fufuca não deveria nem ter aceitado o ministério. Não quero mais postergar essa decisão", afirmou.

Dirigentes e líderes dos partidos que integram o Centrão e de outras legendas de centro e centro-direita têm demonstrado desconforto com as mudanças que vêm sendo sinalizadas pelo governo Lula. Além da escolha, até agora, apenas de políticos do PT, com perfil mais ideológico, na reforma ministerial - Alexandre Padilha na Saúde e Gleisi Hoffmann na Secretaria das Relações Institucionais (SRI) -, a queda na popularidade do presidente também tem feito o grupo avaliar se vale a pena integrar a base de apoio dentro do Congresso.

O Planalto, porém, já detectou que o desconforto passa também por outras legendas do centro - entre elas o MDB, o PSD, o União Brasil e o Republicanos. O governo agora quer tentar ampliar, a partir da próxima semana, o diálogo com esses partidos para reduzir as queixas.

O presidente do PP ressaltou na entrevista à Globo News que não há compatibilidade entre o seu partido e o governo Lula. Segundo ele, foi feito um convite pessoal do petista para o deputado federal, de modo que não houve uma aderência ao governo federal. "Não digo nem para deixar o governo, porque nós nunca entramos. Ultimamente, tem criado certo constrangimento essa situação. Existe pressão da bancada para tomar essa decisão", afirmou o senador. "Vou conversar sobre isso com algumas lideranças."

Lira

Segundo integrantes da base aliada, a entrada de nomes do PP no primeiro escalão do governo passou por uma articulação negociada diretamente com o então presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para contemplar os parlamentares do Centrão que tinham bom relacionamento com o Planalto. Além da nomeação de Fufuca - que é próximo de Nogueira e de Lira - para o Ministério do Esporte, o PP emplacou também a presidência da Caixa Econômica Federal, com Carlos Antônio Vieira. Ele foi indicado para o posto justamente por Lira.

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