Mãe e filha são presas por usarem imóveis do 'Minha Casa, Minha vida' para dar golpes Tocantins

Por Redação em 15/04/2025 13:47 - Atualizado em 15/04/2025 13:51
ESTADO/TOCANTINS
Mãe e filha são presas por usarem imóveis do 'Minha Casa, Minha vida' para dar golpes Tocantins
Foto: DICOM SSP TO

Policiais civis da 72ª Delegacia de Polícia de Luzimangues, distrito de Porto Nacional, cumpriram, nesta segunda-feira, 14, e terça-feira, 15, dois mandados de prisão preventiva de duas mulheres investigadas por uma série de crimes de estelionato praticados em várias cidades do Estado. As prisões aconteceram no âmbito da Operação Hemera, da Polícia Civil do Tocantins.

As investigadas, mãe e filha, segundo a polícia, participavam de um esquema fraudulento que prometia imóveis do programa Minha Casa Minha Vida e liberação de terras públicas mediante pagamento antecipado. A filha seria a mentora do grupo.

“Conforme apurado durante as investigações a filha se apresentava como servidora de órgãos públicos e, valendo-se dessa falsa credibilidade, enganava vítimas com promessas fraudulentas relacionadas à entrega de imóveis do programa Minha Casa Minha Vida, mediante pagamento antecipado de valores. Em muitos casos, a investigada chegava a levar os interessados até locais supostamente destinados aos imóveis, exibindo imagens e documentos falsos para convencer as vítimas da veracidade do negócio”, explica o delegado Diogo Fonseca da Silveira.

Além dos falsos imóveis, as investigadas alegavam ter influência junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), oferecendo acesso a terras públicas em troca de valores pagos previamente. Após o recebimento das quantias, as promessas não se concretizavam e as autoras do golpe desapareciam.

O delegado afirma que a atuação do grupo era estruturada e recorrente. "Já foram registrados mais de 40 boletins de ocorrência contra o grupo criminoso, todos relacionados a crimes de estelionato e delitos patrimoniais. Apenas na 72ª DP há oito inquéritos em andamento contra as investigadas e seus comparsas", destacou.

Durante a operação, a Polícia Civil apreendeu documentos, celulares e outros materiais que podem contribuir para a identificação de novas vítimas e possíveis cúmplices. As diligências seguem em curso com o objetivo de aprofundar as investigações e responsabilizar todos os envolvidos. Após passar pelos procedimentos legais cabíveis as suspeitas foram encaminhadas para a Unidade Prisional Feminina de Palmas.

Operação Hemera

O nome da operação, Hemera, faz referência à deusa da luz do dia na mitologia grega, simbolizando o rompimento com a escuridão da enganação. A escolha representa o esforço da Polícia Civil em lançar luz sobre os crimes cometidos, desarticular a rede de fraudes e promover justiça às vítimas. (Fonte: Polícia Civil).

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