Ministro do STF ordena afastamento de Eduardo Siqueira após prisão; vice Carlos Eduardo assume o posto

Por Dermival Pereira em 27/06/2025 13:08 - Atualizado em 29/06/2025 16:20
ESTADO/TOCANTINS
Ministro do STF ordena afastamento de Eduardo Siqueira após prisão; vice Carlos Eduardo assume o posto
Carlos Eduardo Velozo e Eduardo Siqueira Campos, vice e prefeito de Palmas (Foto: Divulgação)

Além da ordem de prisão já cumprida pela Polícia Federal (PF), contra o prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin também determinou o imediato afastamento do gestor do cargo. Seu vice, o pastor Carlos Eduardo Batista Velozo, assume o posto.

Eduardo Siqueira foi preso na manhã desta sexta-feira, 27, na Capital Palmas, em nova fase da Operação Sisamnes, que investiga supostos vazamentos de decisões judiciais no âmbito do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Também foram presos, o policial civil Marcos Albernaz e o advogado Antonio Ianowich Filho.

Assessoria de Eduardo Siqueira disse a imprensa que ele ‘recebeu a decisão com serenidade’ e vai colaborar com a investigação para que tudo seja esclarecido’. O D12news tenta contato com a defesa dos demais presos para eles apresentem suas versões sobre o caso.

Entenda


Conforme informações da PF, disponibilizada em seu site, os agentes cumpriram três mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e medidas cautelares diversas, autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal, na cidade de Palmas.

Ainda segundo a corporação, a apuração revelou indícios de que informações confidenciais estariam sendo antecipadamente acessadas, articuladas e repassadas a investigados, com o envolvimento de agentes públicos, advogados e operadores externos.

O grupo é suspeito de utilizar desses dados sensíveis para proteger aliados, frustrar ações policiais e construir redes de influência.

O prefeito já havia sido alvo de busca e apreensão na nona fase. Na ocasião, Zanin negou um pedido de prisão preventiva. Porém, após a coleta de mais provas, a PF obteve novos diálogos no celular do gestor que corroboram as suspeitas envolvendo sua atuação no vazamento de informações do STJ.

Essas conversas indicam que o prefeito monitorava as investigações da Polícia Federal para informar aliados políticos. A investigação já havia obtido anteriormente um diálogo de Eduardo com o sobrinho do governador de Tocantins, o Advogado Thiago Marcos Barbosa, que está preso.

Na conversa, Siqueira Campos conta detalhes sobre um inquérito sigiloso em tramitação no STJ que atingia ele e outras autoridades do estado.

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