Polícia Civil aponta envolvimento do ex-governador Mauro Carlesse e outras 25 pessoas em fraudes de licitações que passam de R$ 10,3 milhões

Por Redação em 29/04/2025 20:57 - Atualizado em 29/04/2025 21:24
ESTADO/TOCANTINS
Polícia Civil aponta envolvimento do ex-governador Mauro Carlesse e outras 25 pessoas em fraudes de licitações que passam de R$ 10,3 milhões
(Foto: Esequias Araújo/Governo do Tocantins

O ex-governador do Tocantins, Mauro Carlesse (Agir) e outras 25 pessoas foram indicadas em investigação da Polícia Civil conclusa, nesta terça-feira, 29, como suspeitas de envolvimento em um esquema que desviou mais de R$ 10,3 milhões dos cofres públicos por meio de licitações consideradas fraudulentas pelos investigadores.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa dos acusados. O espaço, porem, segue aberto a manifestações. 

O inquérito faz parte da primeira fase da Operação Via Avaritia, que aconteceu em 2019, com foco em apurar crimes contra a administração pública estadual, que teriam sido cometidos por políticos que integravam o Executivo estadual na época da gestão Mauro Carlesse.

As apurações, iniciadas em 2019, revelaram indícios de crimes contra a administração pública, envolvendo o desvio de recursos destinados a obras públicas, fraude à licitação, corrupção, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.

Conforme a Polícia Civil, a investigação comprovou o envolvimento direto do ex-governador e de quatro ex-secretários de Estado, estes atuando na estrutura e funcionamento da organização criminosa. Outros sete servidores públicos, lotados em secretarias e órgãos estaduais diversos, teriam contribuído de maneira consciente para a prática dos ilícitos.

Ainda conforme apurado pela Polícia Civil ao longo do trabalho investigativo, o esquema criminoso possuía ligação no Tocantins, Distrito Federal, Goiás e Santa Catarina, evidenciando sua ramificação e articulação interestadual.

A organização criminosa também teria atuado para obstruir o regular andamento das investigações, cooptando agentes públicos e mobilizando estruturas do governo para dificultar a ação da Polícia Judiciária. Essa tentativa de embaraço foi confirmada no âmbito da Operação Éris, deflagrada pela Polícia Federal, a qual revelou esforços deliberados do grupo criminoso para inviabilizar o avanço das apurações conduzidas no Estado.



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